19 de junho de 2008

DIVÓRCIOS & FILHOS Lda

Ultimamente tenho discutido este assunto com um amigo, é um tema delicado e controverso…no nosso caso as opiniões são muito divergentes e, embora já seja uma divorciada “veterana”, não sei qual dos dois tem razão (ou, possivelmente teremos os dois). Adiante…
A tomada de decisão para que um DIVÓRCIO avance depende de muitos factores dos quais o que mais peso tem, é, sem sombra de dúvida, a existência de filhos em comum. Por outro lado não nos podemos esquecer que somos seres com a nossa própria identidade, com direito à tranquilidade e felicidade, independentemente de termos ou não filhos que amamos mais do que tudo
.

A questão da idade dos ditos filhos também costuma ser um elemento com bastante peso…será que os filhos têm uma idade certa para aceitarem a separação dos pais? Será que há uma idade em que precisam menos da figura paterna ou materna? Hum…não me parece!!!!! Há quem argumente que ainda são muitos novinhos, ou que estão a entrar na adolescência e blá, blá, blá…a isso chamo, por outras palavras, COBARDIA. Medo de arriscar, de falhar, um terrível medo de se ficar sozinho!

Actualmente, a minha opinião é de que devemos ponderar muito antes de tomar a decisão final, no entanto, não aceito de todo o argumento de que se deve insistir num casamento já condenado, só para se manterem as aparências e para que os filhos não sofram. As crianças / jovens, são muito mais perspicazes do que pensamos e o facto de sentirem a falta de amor entre os pais poderá ser ainda mais traumatizante do que uma separação em que podem usufruir do pai e da mãe em separado mas com o dobro da qualidade. A diferença é que no primeiro caso é um sofrimento lento, arrastado, diluído; no segundo caso o choque vem de uma só vez, mas talvez leve também menos tempo a passar. Acho que o mais importante é depois saber conduzir um pós-divórcio!

Pedi a minha separação num impulso, aliás, tal como decidi viver com o meu ex-marido também num impulso…quase todas as minhas decisões são tomadas primeiro com o coração e só depois com a cabeça. Maldito defeito! Neste caso, penso que a vontade era mútua…o amor também pode morrer se não for regado. Não estou arrependida, mas poderia estar.

As questões que vos coloco são as seguintes:
“Neste caso concreto devemos sacrificar a nossa vida em prol dos filhos? Devemos sobreviver em vez de viver? Devemos esperar eternamente por uma felicidade adiada?????”

2 comentários:

Anónimo disse...

OLÁ ANA,EIS-ME AQUI UMA VEZ MAIS NO PAPEL DE COMENTADORA,SIM PORQUE O OUTRO É, INEVITAVELMENTE,O DE "CUSCA":).
TAMBÉM ESTE TEU TEXTO(CHAMO TEXTO PORQUE,CONFESSO,DETESTO O TERMO "POST")PRENDEU A MINHA ATENÇÃO OU NÃO TIVESSE EU VIVIDO UMA SITUAÇÃO SEMELHANTE.
UMA SEPARAÇÃO É SEMPRE UM REMOINHO DE EMOÇÕES,AFINAL NINGUÉM PÕE EM CAUSA NO COMEÇO DE UMA RELAÇÃO,QUE O "ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE",DITO NUMA IGREJA OU SUSSURRADO A DOIS,SEJA UM DOGMA.
O PROBLEMA,O GRANDE PROBLEMA,É QUANDO HÁ FILHOS,SIM PORQUE, E FALO POR MIM(MAS PENSO QUE TODOS OS PAIS SENTEM O MESMO)ELES SÃO TUDO PARA NÓS,GRAÇAS A ELES TORNAMO-NOS MELHORES PESSOAS,MENOS EGOÍSTAS,MOVEMOS MONTANHAS,VIRAMOS O MUNDO DO AVESSO, PARA QUE ELES NÃO SOFRAM.
QUANDO HÁ UMA SEPARAÇÃO O 1º PENSAMENTO VAI PARA ELES.FOI ISSO QUE ME ACONTECEU.
NA MINHA CABEÇA SÓ HAVIA LUGAR PARA UMA QUESTÃO:E A MARIANA?COMO EXPLICAR-LHE QUE OS PAIS JÁ NÃO SE AMAVAM?QUE A PARTIR DAQUELE MOMENTO,UM DE NÓS ESTARIA FISICAMENTE MAIS DISTANTE DELA?
DURANTE MUITO TEMPO E POR VEZES AINDA O FAÇO INCONSCIENTEMENTE,PENSEI,SENTI QUE A DEFRAUDARA,QUE LHE NEGARA O DIREITO A TER UMA FAMÍLA TRADICIONAL E ISSO,CONFESSO,DEIXAVA-ME DE RASTOS.
SABER QUE ELA ESTAVA A SOFRER E QUE EU NADA PODIA FAZER,NEM O PAI,PARA O EVITAR.
QUANTO À IDADE,QUALQUER QUE ELA SEJA,NUNCA DIMINUIRÁ A TRISTEZA QUE 1 FILHO SENTIRÁ AO VER OS PAIS AFASTAREM-SE,CLARO QUE COM O AVANÇAR DA MESMA,ELES ASSIMILAM,LIDAM E DEMONSTRAM O QUE SENTEM DE MODOS DIFERENTES.
SEMPRE TIVE PARA COMIGO QUE AS PESSOAS QUE OPTAM POR FICAR JUNTAS EM PROLE DOS FILHOS(PARA OS PROTEGER DIZEM)SÃO PROFUNDAMENTE COBARDES E COMODISTAS,É COMO DIZES,AS CRIANÇAS CAPTAM TUDO,SÃO COMO ESPONJAS,E PARECE-ME BEM MAIS DEVASTADOR,QUASE A ROÇAR O SADOMASOQUISTA,VIVER NUM AMBIENTE DE APARÊNCIAS,SILÊNCIOS E INDIFERENÇAS.
PENSO TAMBÉM QUE QUALQUER SEPARAÇÃO ACABA POR,DE CERTO MODO,CONDICIONAR AS FUTURAS RELAÇÕES AFECTIVAS DOS FILHOS.
É ESSE O MEU MEDO,É CONTRA ISSO QUE EU LUTO,TENTANDO MOSTRAR À MARIRI QUE É POSSÍVEL ENCONTRAR ALGUÉM PARA AMAR A VIDA INTEIRA,MAS TAMBÉM,CASO ISSO NÃO ACONTEÇA,PORQUE NÃO REGAMOS DIÁRIAMENTE O AMOR,OUTRAS PESSOAS SURGIRÃO PARA AMAR.
PARA TERMINAR(ACHO QUE ME EXCEDI NO COMENTÁRIO)NÃO ME ASSUSTOU,NEM ASSUSTA O FICAR SOZINHA,SIM,PORQUE OS FILHOS NÃO SÃO "NOSSOS",CRESCEM,CONSTROEM A SUA VIDA,A NÓS COMPETE-NOS CONTRIBUIR PARA ISSO E DEIXÁ-LOS IR QUANDO QUISEREM.
O MEDO DA SOLIDÃO NUNCA SERIA/SERÁ SEGURAMENTE UM MOTIVO PARA MANTER UMA RELAÇÃO.
TRISTES DAQUELES QUE USAM OS FILHOS COMO ESCUDOS PARA EVITAR TENTAR SER FELIZES NOVAMENTE,SEJA SOZINHOS,SEJA ACOMPANHADOS.
TRISTES DAQUELES QUE NÃO ARRISCAM IR ATRÁS DA FELICIDADE,QUE ACABAM POR VIVER NUM ENORME VAZIO.
NÃO SE TRATA DE SER EGOÍSTA,QUERER SER FELIZ NÃO É UM ACTO EGOÍSTA E,ACREDITO E SEI(FALO POR MIM DE NOVO)QUE É ISSO QUE OS NOSSOS FILHOS TAMBÉM QUEREM PARA NÓS:QUE SEJAMOS IMENSAMENTE FELIZES:).

BEIJO,MARIA

Ana GG disse...

Olá Maria! És cá das minhas, também não gosto do termo "post".Muito obrigada pelo teu longo comentário que me deu imenso prazer a ler. Só posso concluir que as mulheres ainda têm muito a ensinar aos homens."Que sejamos imensamente felizes!"
Um beijo gordo
AnaGG


obrigada pela visita!

pessoal que gosta de estar a par destas andanças

facebokiANOS a par desta coisa