30 de agosto de 2009

Notícias da Praia

Sou por natureza um ser estranho que cultivo esta tendência absurda de sub-aproveitar aquilo que a natureza generosamente me oferece de mão beijada. Refugio-me por detrás desta fachada de algarvia farta, e, talvez por preguiça, recuso-me a ir à praia quando todos vão. Nem me dou ao trabalho de saborear o Sol e o mar.
Todos os anos repito a mesma fita, travo a mesma guerra interior de auto-convencimento para me obrigar a fazer praia, que, diga-se de passagem fica a 2 passos da minha casa.
Podem não acreditar mas este ano tomei o meu 1º banho de mar no início desta semana, e que bem me soube!
Depois da primeira vez costumo ficar com o bichinho, passa a animosidade e fico, pelo menos durante uns dias, completamente vicida.

Manias!? Talvez!

Quem sabe sofro de algum recalcamento de infância. Se vasculhar bem lá no fundo das minhas memórias até tenho uma resposta. Quando miúda fui obrigada a frequentar uma colónia de férias de Verão, durante um interminável mês inteiro, que se repetiu por varios anos. Nem sabem o sacrifício que era ter que ficar quietinha enquanto todos dormiam a sesta, comer aquela carne horrorosa sem as gorduras tiradas, não ter quem me tirasse as espinhas do peixe, ter de passear de barco a motor duas vezes por semana e o topo da cereja, usar aquele ridículo chapéu de palha com o nome gravado na fitinha de seda.
O meu trauma vem daí com certeza, só pode!

Bem, tudo isto para vos dizer que adorei a minha semana de praia...vou continuar.

Os pontos altos têm sido
- Espaço livre só para mim num raio de 3 metros, apesar de estarmos em Agosto;

- Água quentinha, quentinha;

- Presença constante do senhor das "bolinhas lite", deliciosas e com a graça de serem comidas na areia;

- Abrandamento substâncial do tráfego de motos de água;

- Pessoas mais civilizadas e menos histéricas (este fenomeno não entendi mas adorei).

Resumindo:
Sou uma privilegiada!
Obrigada meus Deuses!



29 de agosto de 2009

Temporariamente vai haver moderação de comentários. Peço desculpa pelo incómodo mas é uma tentativa de me ver livre do "chinoca".

Livrem-se de me deixar de comentar!

28 de agosto de 2009

Últimas novidades desta vossa humilde contadora de coisas banais

Como devem ter verificado, pelo menos os meus leitores mais atentos, tenho andado fugidia, escorregadia, distante, esquisita até…

Em primeiro lugar foram questões de saúde, chatas, que me tiraram a vontade de escrever ou comentar. Depois foi a abstinência tabágica que me ia deixando à beira de um ataque de nervos, inquieta e irritada que só visto.

Depois tive (tenho) visitas e não me sobrou tempo.

Por fim tenho a informar que, apesar da vontade de escrever ser enorme, a imaginação não me tem ajudado muito.

Como não quero deixar o tasco ao abandono, não se vá dar o caso de alguém pensar que esta coisa não tem dono, vou dar-vos, resumidamente, as últimas novidades desta vossa humilde contadora de coisas banais.

- Passou a semana de proibição e comecei a fumar de novo. O problema é que as minhas ideias de reduzir muitooooooooo a quantidade, estão a ser ensombradas por uma vontade mórbida de recuperar a nicotina perdida.

- Tenho um telemóvel novo! Foi uma das ofertas "sui generis" do meu filho…passo a explicar: partiu o dele, comprei-lhe um novo com os meus pontos mais uma dinheirama e passados 4 dias resolveu fazer uns negócios com um amigo e ficou com um telemóvel XPTO. Resultado, muito armado em querido filho, resolveu oferecer-me este, lindo, mas que eu não precisava porque não ligo nada a estes artefactos e que tinha sido por mim pago à 3 dias atrás. Agora, estou à toa, sem 2/3 dos meus contactos e sem as minhas sms de estimação que ficaram gravadas no outro. É mais um caso a resolver.

- O meu segundo gato intruso/vadio, sim, porque o primeiro reformou-se e deixou de frequentar a casa, já está ambientadíssimo. Com um ar desprotegido começou a ganhar terreno, perdeu o medo e a vergonha e dorme na minha sala como se esse sempre tivesse sido o seu quarto. Ontem à noite fiz-lhe a primeira festa e pronto, está tudo estragado, não há volta a dar. Tem um focinho giríssimo, está sedento de mimos, foi baptizado de gato Horácio e passou a viver cá em regime de semi-internato. Não posso contar nada disto à minha mãe porque me vai trucidar com discursos inflamados, porque mãe que é mãe continua a dar descascas mesmo às filhas crescidotas (ou será velhotas?).

- Continuo à espera de saber a que escola vou parar este ano, uma vez que fizeram o favor de se enganar e efectivei numa escola com horário zero. O ministério anunciou que os resultados saíam ontem e embora tente disfarçar ao máximo, estou a começar a ficar muito irritadinhainhainha.

- Fui para a varanda ver as duas luas, ou por outra, Marte, "ganda" fiasco, ou estou muito vesga ou o mais próximo que vislumbrei foram as luzes dos candeeiros de rua.

23 de agosto de 2009

Volta Sorte, estás perdoada!

Até há bem pouco tempo considerei-me sempre uma mulher de sorte. Habituei-me até a não me preocupar demasiado porque acreditava que todos os problemas que me batiam à porta tinham os dias contados, havia sempre uma solução.

Nos últimos anos a maré de sorte que sempre me acompanhou, resolveu pregar-me uma partida e assustou-me bastante, fez-me vacilar e quase me convenceu do seu abandono. Depois, quando menos esperava, voltou de novo…a minha sorte. Disse logo para os meus botões "eu sabia!"

Não é que no último mês, a estúpida começou a provocar-me de novo. Indecisa, cheia de dúvidas, com indícios de que vai de novo abandonar o barco…

Já nem sei se os acasos são obra da tipa ou se serão consequências daquele espelhinho redondo que deixei cair e se estilhaçou na casa de banho.

Tudo me tem acontecido de uma forma tão constante, tão certa, tão previsível, que estou sempre à espera da próxima machadada.

Como devem calcular a minha paciência tem limites. Por isso queria deixar aqui um pequeno aviso ao senhor que dá pelo nome de "Azar"… não penses tu que me assustas! Vai mas é pregar para outra freguesia que por aqui já não há nada de novo. Em suma, BAZA!!!!!

E tu, Sorte, volta filha, estás perdoada!

19 de agosto de 2009

DEIXEI DE FUMAR!
(Último cigarro 17.30h)


Leituras com sorrisos nos lábios

Na noite passada acabei de ler "cal", de José Luís Peixoto.

O primeiro romance que li dele foi "Nenhum Olhar", estava precisamente nas Galveias, Ponte de Sor, a sua terra. Foi-me lá, oferecido por uma amiga com familiares comuns ao escritor. Ainda não o conhecia. Fiquei rendida à simplicidade e beleza da sua escrita que tem o dom de despertar sentimentos. Despretensioso.

Nem calculam a sensação que tenho quando leio um livro precisamente no sítio que o pariu ou que se desenvolve nos locais onde me encontro no momento. É indescritível, conseguem-se quase sentir os cheiros…

Aconteceu-me precisamente o mesmo com o "Suor" de Jorge Amado. Li-o em Salvador da Baía, precisamente no local onde foi escrito, muitas das descrições e relatos eram sobre o hotel onde estava instalada, dantes, albergue de prostitutas, forasteiros e artistas sem eira nem beira.

Voltando ao "Cal"… 21 estórias de velhos, de solidões e lembranças tão reais que nos comovem. Quase lhes conseguimos tocar e adivinhar os trejeitos.

Não resisto a transcrever uma passagem da peça que me fez rir, ou quase chorar…não sei bem.

Uma das personagens é a velha Olga, perdeu o tino, o tempo…voltou a ser menina fogosa, encantada, apaixonada.

"À manhã 1.Inverno

(Olga caminha sozinha. Avançando durante alguns passos sem direcção e parando-se, avançando e parando-se, dando algumas voltas, avançando e parando.)

OLGA

Eu não quero saber se vem aí o Inverno. Eu não tenho medo do frio. Há o lume, há as mantas, há uma data de coisas que servem para a gente se tapar. (pausa, sorri) Há o meu amor. Ai, o meu amor. Quantas vezes prefiro o meu amor a um lume, ou até a uma manta. (virando-se de repente para o outro lado) Ah, cachopos que estouro-os. Não querem lá ver o veneno dos cachopos. Deixem-me. O que é que eu lhes fiz? Só querem é parodim espanhol, mas vão ver… (para uma cadela invisível) Ladina, segura-te cadela…Não se ponham a pau que vão ver. Deslargo-lhes a cadela em cima que vão ver. (voltando-se para onde estava voltada no início) Eu até me quer parecer que quando chega a invernia, as coisas ficam todas mais certas. (apanha uma pedra, observa-a com cuidado na palma da mão) Uma pedra é uma pedra, mesmo com as formazinhas todas de uma pedra. (virando-se de repente) Levam uma pedrada no centro da testa que vão ver. Cachopos de um corno. (regressando à posição inicial) Eu não sei se é do frio, é capaz, mas, quando chega Janeiro, fica tudo mais certo, até se distinguem os veios todos das pedras……Até lá está o meu amor. Ai, o meu amor."

José Luís Peixoto, in cal

17 de agosto de 2009

As minhas formigas viciaram-se no pó branco

Ora bem…

Desde já aviso que estou possessa, possuída, lixada…se tivesse coragem diria mesmo uma grande asneirola começada por F e terminada por A, mas não, hoje vou conter-me.

O que me deixa neste estado?

As PUTªs das FORMIGAS! Nem mais.

Os leitores mais atentos já se devem ter apercebido à long time ago que aqui não se aprende nada. Não se fala de política, nem de futebol, nem de moda, raramente de amores e desamores…para prestar esse serviço público existem outros blogues, alguns muito bons por sinal. Podem ainda recorrer à Enciclopédia Larousse, ao The Times, à Maria e quiçá à Bola…aqui, no olhARES, nãaaaaaaa, não se aprende mesmo nadaaaaaaaa!!!!!

Voltando ao assunto que me traz por cá…JÁ NÃO AGUENTO OS ATAQUES DIÁRIOS DAS MALDITAS FORMIGAS!

Que me desculpem os acérrimos defensores das espécies animais, nos quais eu também me incluo sem fanatismos ou exageros, mas a partir de hoje declaro guerra aberta a estes insectos, acho mesmo que me acabei de tornar uma serial killer formigueira.

São muito trabalhadoras, com direito a estória e música e tudo e tudo, inteligentes, populares, organizam-se em sistemas sociais complexos e blá blá blá…….

Tudo muito bem, muito certo e muito bonito. Mas a paciência de uma algarvia também tem limites.

Tentei de tudo! Pensei que as demovia com alguma diplomacia, depois sendo um pouco menos diplomata mas muito mais eficiente na consecução dos meus objectivos, por fim, bruta mesmo, sem apelo nem agravo. Mas pensam que as p*tªs desistiram? NÃO! Habituaram-se ao pó branco, que nem viciadas em heroína e não param de fazer carreiros desde os meus parcos metros quadrados de relva até às tigelas da comida dos gatos. Até os bichanos já andam atordoados e de olhos em bico com tanta agitação de carreiro para cá e para lá.

Acho que já tinha falado deste assunto, mas isso agora não interessa nada.

E para que não digam que isto não tem interesse nenhum, que tem, ai isso é que tem, fiquem lá com a letra do Zeca, que a música, essa já a ouviram à pouco tempo num blogue das redondezas…

"A formiga no carreiro"

A formiga no carreiro
Vinha em sentido contrário
Caiu ao Tejo
Ao pé dum septuagenário
Larpou trepou às tábuas
Que flutuavam nas águas
E de cima duma delas
Virou-se prò formigueiro
Mudem de rumo
Já lá vem outro carreiro
A formiga no carreiro
Vinha em sentido diferente
Caiu à rua
No meio de toda a gente
Buliu buliu abriu as gâmbias
Para trepar às varandas
E de cima duma delas

Virou-se pró formigueiro
Mudem de rumo
Já lá vem outro carreiro
A formiga no carreiro
Andava a roda da vida
Caiu em cima
Duma espinhela caída
Furou furou à brava
Numa cova que ali estava
E de cima duma delas
Virou-se pró formigueiro
Mudem de rumo
Já lá vem outro carreiro

José Afonso

16 de agosto de 2009

"Maus fígados"

Ainda há pouco tempo a Pronúncia lembrou-se de escrever sobre a onda de mau feitio que orgulhosamente prolifera por todo o lado.

Acrescento o mau humor que, apesar de se incluir no género, manifesta-se de forma diferente.

Felizmente tenho a sorte de ser muito poucas vezes vítima de pessoas com mau humor, mas as poucas que sou, fico com uma revolta que nem imaginam. Mais revoltada ainda por engolir estes "sapos" com determinadas pessoas por quem tenho muita consideração, só porque sou tolerante (ou totó) e não estou para desencadear uma guerra. Eu, que até nem sou pessoa de trazer desaforos para casa.

Embora no dia-a-dia seja muito mais emocional que racional, tento ao máximo evitar magoar as pessoas se acaso estou com mau humor, e, se raramente o faço, não com má intenção mas porque tenho o coração muito mais próximo da boca do que era suposto, sou a primeira a reconhecer o erro e a pedir desculpa.

O mau humor quando direccionado para alguém não é mais do que uma forma de intolerância AGUDA. E, curiosamente, é uma arma que se aponta geralmente às pessoas tolerantes, porque de contrário os prevaricadores nem têm coragem para a sacar do coldre.

Gentes mal-humoradas, façam-me um favor, treinem primeiro com a arma apontada na vossa direcção! Não se vá dar o caso do tiro sair pela culatra.


(conversas paralelas, desabafos, coisas que verdadeiramente me incomodam ou mesmo, escrevo o que me apetece porque esta espelunca é minha)

15 de agosto de 2009

A sonhar é que a gente se entende

Geralmente não me lembro dos sonhos que tenho, aliás, são raras as vezes que me lembro sequer de sonhar, a dormir, note-se! Acordada não têm conta as vezes.

Nas últimas noites porém, tenho sonhado com coisas horríveis, doenças que atacam amigos, familiares…acordo incomodada, detesto a sensação.

Se por acaso algum "sonhologista encartado" me estiver a ler, agradeço desde já que me explique o significado destas barbaridades e que, por favor, confirme as minhas suspeitas de que isto é um forte sinal de que estou prestes a ganhar o Euromilhões, ainda que não tenha o hábito de jogar.

SWEET DREAMS!

13 de agosto de 2009

O Portuga de A a Z


(É aqui que têm que carregar e não na imagem!!!!!)

Andava eu p'ráqui nas minhas pesquisas, eis senão quando descubro esta preciosidade. Muitos de vós já devem conhecer, outros não. Para quem não conhece, aconselho vivamente. Cliquem no título e vão clicando em tudo o que vos aparecer à frente.

Com os cumprimentos de uma portuga
com muito orgulho!

NOVA ADENDA:
Tentem lá agora! Ai a minha vidaaaaaaa......
Obrigada anónimo ed.

Fitas com algum bolor mas que não deixam de ser catitas

Nem sempre acompanho as modas. Às vezes deixo-me estar quieta e espero que a poeira assente.

Desta vez foi com o "Slumdog Milionaire", não vi na altura que esteve em cartaz, recusei-me a ler o que quer que fosse sobre o filme, proibi os amigos de me contarem os pormenores e esperei pacientemente que o pudesse alugar. Entretanto andei muito ocupada e quase me esqueci, ou por outra, deixou de ser uma preocupação ou urgência. Esta noite, finalmente fui alugá-lo.

Digam o que disserem, ADOREI o filme! É uma história de amor, de vidas traçadas pelo destino…lamechices, sim. Mas a interpretação daqueles putos de rua, a beleza da Freida Pinto (tinha que ser descendente de portugueses, pois então), os acasos em jeito de mosaico que compõem o filme…

Que belo serão!

(...ou, pequenas coisas que me deixam feliz)

12 de agosto de 2009

Parece que ainda não é desta que a minha raça se acaba

Esta noite tive uma insólita consulta médica via telemóvel.

A intermediária foi uma amiga "expert" em problemas de saúde, muito cuidadosa, muito cuidadosa mesmoooooooo com qualquer indício de doença. Foi uma querida que tratou de transmitir os meus sintomas a uma médica da especialidade, amiga, que por sua vez fez o diagnóstico e prescreveu a medicação de Abrantes directamente a Albufeira - gelos, géis e o colchão da cama elevado.

Fui a correr à farmácia de serviço aviar o milagroso gel. Enfrentei de novo o pesadelo das senhas para aguardar a minha vez, das pronúncias do norte (ahahahahah) que queriam pomadas e comprimidos com outros sotaques. Recebi um telefonema do filho a informar-me que se tinha "espetado" de mota e que estava todo esmurrado, mas "tá-se bem, vou agora para a praia".

Bendita DÓTORA que me aliviou as dores e me fez poupar 80 euros!!!

O resultado de ter andando à doida por Barcelona, foi este problema super doloroso com um nome pomposo terminado em "ite" na perna direita. Quem me manda a mim não enfiar nesta cabeça dura que já não tenho 20 anos (nem 30, a bem dizer).

Bem, lá vou eu fazer o 2º tratamento de choque.

Só tenho coisas que me ralem!


Obrigadaaaaaaa

"Margarett",

princesa,

sargento!

11 de agosto de 2009

Já p'rá caminha!

O tráfego nocturno está por demais.

Mas que raio! Onde ficou a máxima "deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer", hein?

Fáxavor de tomar o remédio e já p'rá caminha!

10 de agosto de 2009

Deixem-me as férias mas por amor da santa levem-me daqui o Agosto

Não consegui adiar nem mais um minuto a minha ida ao supermercado na cidade. Tenho-me orientado aqui pela zona, suprindo uma ou outra falta nas lojinhas das redondezas que se fazem pagar a preço de ouro.

Levei uma semana a mentalizar-me que tinha que ser corajosa, que tinha de enfrentar o Agosto em Albufeira, de caras, como quem pega um touro.

Hoje, desde manhã que fui adiando, adiando, adiando…

Resolvi meter-me no carro quando constatei que já não havia mesmo outra hipótese. O frigorífico metia dó tal a sua nudez e a despensa estava praticamente entregue às moscas. Nem parecia uma casa de família (pequenina, mas família, ora essa).

Enchi o peito de ar, respirei fundo, contei até 1614 e lá fui!

E me arrependi e roguei as pragas do costume e amaldiçoei os "forasteiros", coitados, que também têm direito ao MEU Sol e mar.

E, como sempre, odiei o corrupio das gentes e as filas intermináveis para comprar o que quer que seja que exija uma senha de espera. Os carros estacionados em plena estrada, os maus feitios de quem está habituado a buzinar a tudo o que não se mexe por mais de um segundo. As voltas à volta de um sítio para estacionar. A escassez de alimentos nas prateleiras como se um exército de marabuntas tivesse passado naquelas paragens. A doideira do "agarra que esse é meu que estou de férias e preciso muito", antes que algum nativo ousasse "afiambrar-se" ao artigo.

O ideal seria poder alimentar a famelga a comprimidos carregadinhos de vitaminas, sais minerais e outras coisas mais.

Ai a minha vida!!!!!

É por estas e por outras que em Agosto só me ocorrem os verbos hibernar e "bazar".


(crónicas de uma algarvia à beira do estado de nervos, ou, ai a merda que já não se pode viver em paz por estas bandas)

9 de agosto de 2009

Maldito vício

Há decisões importantes e quase inadiáveis que tenho que tomar.

Não gosto de vícios, tirando o maldito tabaco, posso orgulhar-me de não me deixar controlar por nada (tento sempre convencer-me disto para me armar em boa).

Agora esta coisa da net, os blogues, a parvoíce de trocar as "minhas coisinhas importantes" por horas perdidas a vaguear por páginas e páginas e páginas….

NÃO PODE SER!

TENHO QUE PÔR ESTE recente, quase, VÍCIO NOS EIXOS!

Ou não me chame eu Ana e seja do Sul…

8 de agosto de 2009

Celebrações urgentes

Há que

(porque aqui, embora não pareça, também se fala de coisas bonitas)

6 de agosto de 2009

Ainda a dançar para o Sol!

Ões

divagações
alucinações
despigmentações
e outras questões
das minhas "mões"

5 de agosto de 2009

PAZ

Há casas que nos levam a outras dimensões, galáxias...
São autênticos baús que se abrem com surpresas iguais às da infância em dias de festa, com bem estares e quase tudo o que se possa imaginar.
A casa da minha amiga Alex é uma dessas, aliás, é mesmo o "top 10" das que tenho o prazer de conhecer.

Estou cá a passar um par de dias, poucos, mas com vontade de alguns mais. Durante o dia sozinha, que por aqui também à quem trabalhe, heheheheh.
Se há céu rasteirinho, cá em baixo, juntinho às ervas, este é definitivamente o local.

Para onde quer que me vire descubro coisas novas que apenas me bastam com o olhar, seguramente que 1% de Macau se encontra nestas estantes, chão e paredes...caixas e caixinhas, livros e revistas, invenções e modernísses bem e mal sucedidas, esquecimentos com o peso dos anos, coisas que uns não queriam e outros queriam muito...música, muita música aberta para o jardim. À beira da piscina, mesmo que se faça fita para entrar na água por causa do frio que se sente e que já faz parte da alma porque cá fora está um calor do caraças...ficam os sons.
Desta vez "Paula Morelenbaum" + azul da água + verde do barrocal + canto das cigarras + cerveja fresca = Paraíso na Terra.

Que put* de PAZ!!!!!!!!!!!!

Pausem o som da caixa de música e mergulhem de cabeça aqui...

3 de agosto de 2009

Rescaldo, In Real Life, ou Coisas que me deixam na merda

Levamos meses a esperar pela viagem de escape que poderá esgotar-se apenas em alguns dias.

Vivem-se esses dias intensamente, como se fossem os últimos. Deixam-se todas as preocupações e rotinas para trás das costas e adiam-se os pensamentos menos felizes para não estragar a festa dos sentidos.

Saboreia-se tudo até à última gota, como se o mundo pudesse acabar no instante seguinte.

Aterrar de novo na realidade faz com que tudo pareça ter sido um sonho.

Vozes, miados e latidos que reclamam urgentemente por comida que infelizmente não aparece nos pratos por magia.

De novo a invasão de formigas na cozinha.

A invasão de carraças no focinho dos cães.

De novo a roupa à espera de ser lavada, o chão, a louça e a bancada e…bolas, como odeio esta vidinha de dona de casa!

As avarias…

As chatices dos enganos dos concursos de profs que pela 2ª vez me deixaram na merda (nem vou falar disso porque senão GRITO).

A consulta ao saldo da conta que nos dá a triste notícia de que se gastou mais do que o que estava previsto.

O pensar no vazio do mês de férias que ainda resta. Os planos para o mês que não se podem fazer porque se sabem de antemão não concretizados. A ginástica de inventar coisas felizes para fazer gastando o mínimo.

O infortúnio de não se ser filha de papás ricos ou administradora de uma grande empresa.

Enfim, IN REAL LIFE again!

Ainda estou a ressacar…tirem-me deste filme.

A única saída que me resta é pensar onde será a próxima viagem de férias…


Por acaso nota-se que estou um tudoooooooo nada lixada?????

Só tenho coisas que me ralem...

Haverá por acaso aí algum canalizador jeitoso?
(que se ajeite com a chave inglesa, nada de confusões)

Acabei de constatar que tenho a casa de banho inundada...que GRANDE porra!

(...ou, também tenho direito às minhas graçolas idiotas)

2 de agosto de 2009

com vontade de tudo e

sem coragem para nada

um acordar de férias

um acordar de corpo que ainda

pede para descansar

um acordar de adiamentos de

prazeres e afazeres

de alguma paz e com

outro tanto de desassossego


obrigada pela visita!

pessoal que gosta de estar a par destas andanças

facebokiANOS a par desta coisa