Sabe-me bem esta luz e a primeira camisola de manga curta, a medo na sombra e descarada ao Sol.
Sempre afirmei que a Primavera era a maior, a mais bonita das primas…e não se trata de uma opinião, é um facto, contra factos não há argumentos.
Os meus pais não programaram gravidezes ao milímetro, na altura, geralmente aconteciam porque sim. A minha não foi sequer equacionada, foi um desastroso acidente, mas foi tão bem desprogramada que nasci na Primavera. Já o meu filho foi daqueles quereres porque se quer muito e já agora um querer que seja na Primavera o nascimento.
E foi…um ano depois da programação, mas foi. Tão como eu queria que nasceu no dia a seguir ao meu aniversário, porque, volto a relembrar, contra factos não há argumentos e esta é sem dúvida a melhor estação do ano para se nascer.
E não é só por causa dos passarinhos, das abelhas e da cor das flores, não, não é!
É tão só e apenas porque sim…
Talvez porque parece que se respira de novo, porque está um fresquinho bom, porque os dias crescem a olhos vistos e as pessoas se apaixonam mais, porque os sorrisos teimam em estampar-se idiotas nos rostos…
assim, só porque sim.