26 de janeiro de 2015

ganho-ME nas imagens


perco-me (ganho-me) nas imagens 
sempre me perdi…


encanto-me com a criatividade dos GRANDES
dos que de muito pouco conseguem fazer tanto
que com tanto enleio fazem a pureza
que pintam gatos em azul petróleo
que guardam maças entre cabeleiras longas
que de texturas mil e riscos imprecisos fazem traços tão precisos
que dão alma ao interior das casas
que misturam
que arriscam
que riscam

caramba, por vezes, que vontade de também fazer e que falta de coragem para tentar e talvez falhar


obrigada artistas mil, por me colorirem a vida e me enfeitarem a alma

18 de janeiro de 2015

DONA DE CASA (???)

As casas ou por outra, a nossa casa (porque com a dos outros posso eu bem) deviam ter um botão de limpeza automática, talvez ao lado do interruptor das luzes do hall de entrada.

Definitivamente não nasci ser para “dona de casa”!



No fundo, bem lá no fundinho até que gosto de ser a dona da casota, ah e tal “Eu é que sou a dona da casa, porquê?”…o pior são mesmo aquelas tralhas que o cargo implica…IMIs, manutenção do casebre tipo pinturas, remendos e afins.

Mas voltando à vaca fria…as limpezas, ui, as limpezas. Que trabalhinho mais sem graça e com efeitos tão pouco duradouros.  

Depois de horas escalfada a varrer, lavar, esfregar, trocar as roupas, sacudir os pós, ajeitar, arrumar, tirar as teias e mais isto e aquilo e aqueloutro que não lembra nem ao menino Jesus, vêm os cães com as patas cheias de terra molhada, as aranhas ofendidas e persistentes a começar novas teias, o filho que é um adepto fervoroso do Gypsy Style, o cabresto do pó (não me ocorre outro nome) que teima em entrar por tudo o que é buraco, os tachos do jantar outra vez a sujarem o fogão, as dormidas outra vez a escramalharem as camas e PRONTO, volta tudo ao ground zero. Que raio de tempo mais mal empregue!

Como ia dizendo, o tal botão da limpeza automática, ai que falta me fazia…

Somos um país timidozinho, pacatinho, acomodadinho, mas ganhamos tantos prémios disto e daquilo, é ele o melhor vinho, as melhores praias, os melhores hostels, os melhores investigadores na área x e y…
E não há um sacana de um inventor para o tal botão das limpezas automáticas?????

*Se por acaso algum crânio da tecnologia me estiver a ler, fica o desafio no ar. Prometam-me que sei a primeira a ser informada!


**Na falta de um botão, podem sempre enviar um exemplar humano, alto e espadaúdo com muita perícia no manuseamento da esfregona e do pano do pó.

14 de janeiro de 2015

BLOGUI |CES|


Passeio-me por estas bandas desde 2008.

No início foi uma sofreguidão, uma avidez de partilhar as minhas histórias em jeito de crónicas. Parecia um mundinho pequenino e aconchegado, um sofá confortável em frente a uma lareira acesa e à volta de uma caneca de café. Convivia-se com outros bloguers, que por empatia ou simplesmente magia, faziam quase parte da família.
Foram noitadas a ler o que se escrevinhava e a opinar sobre os textos em infindáveis trocas de comentários. 
Criaram-se laços, fizeram-se amizades e até se zangaram comadres à boa maneira da raça humana. 

O que eu me diverti aqui…

Não existia o fenómeno FB e o que se escrevia preenchia vazios de uma forma mais cuidada, mais criteriosa, muito mais “saborosa”.
Com o passar do tempo a coisa foi esfriando, secando…quase morreu. 

Tenho pena, muita!
Tenho saudades, muitas!

Dos blogues que seguia, alguns mudaram as definições e vedaram-me a entrada. Sabes quando te enches de alegria por, finalmente, fazeres aquela grande viagem para visitares o amigo especial que não vês há anos? Depois, quando chegas, a morada já não é a mesma e encontras um recado na porta 
“mudei-me!
só dei a morada a pessoas muito especiais
 das quais tu já não fazes parte”

Caramba!!!!! Que balde de água fria!

Ironia do destino, não consigo eliminar esses blogues da minha lista de preferências............BAHHHHHHH.......

A dada altura o meu blogue até deu um programa de rádio. Verdade, verdadinha! 
Tão pequenino, despretensioso e tão cheio de palavras inventadas (já vos disse que gosto de inventar palavras que cheirem ou saibam ao que quero transmitir!?) e foi, por momentos grande.
Ai que vaidosa fiquei na altura, que bem me soube ouvir-me com outro timbre de voz.


Mas como ia dizendo, aiiiiiiii o que eu adorava isto…

10 de janeiro de 2015

SOMOS FUMADORES À BEIRA DO COLAPSO, OU NEM POR ISSO



Noto que as pessoas geralmente associam os fumadores a pessoas nervosas, stressadas, de mal com a vida…
Não é necessariamente assim que se passam as coisas my friends, porque as pessoas (felizmente) são muito mais complexas, não se resumem apenas ao preto e ao branco.
Estupidamente e quase sem dar por isso, porque era giro, era proibido, era uma manifestação de coragem, de ser-se grande quando ainda se era muito pequeno, tornei-me uma fumadora daquelas que são quase casos perdidos…é o único vício que não controlo e que seguramente me controla totalmente a mim.

NÃO ACONSELHO A NINGUÉM!

Mas confesso que estou um boca…dinho (..dão) farta da caça ao fumador.

Um fumador não é um criminoso, um delinquente, ou, para mim o pior dos cenários que pintam, uma pessoa angustiada, frustrada, desgraçada com a vida. Fumo porque me dá prazer, sim, gosto de fumar! Tenho consciência que me traz grandes riscos para a saúde, que me deixa constantemente “fedorenta”, que isto e aquilo e aqueloutro…mas por favor deixem-me estar sossegada com o meu veneno.

Sou filha de pai fumador, na casa dos meus pais sempre cheirou a tabaco e isso nunca foi um drama.

Não, não fumo mais quando estou nervosa, ou com algum problema. Essa situação comigo não acontece e sabem porquê? Porque fumo sempre muito! Quando estou feliz, serena, agitada, stressada, entretida…em suma, sempre!


Por isso, e só por isso, não me coloquem um rótulo na testa. Não me estampem o FADO no rosto. 
Eu sou uma fumadora, por vezes feliz e outras infeliz…tal como toda a gente, que é GENTE!

POUPEM-ME, SIM.......

obrigada pela visita!

pessoal que gosta de estar a par destas andanças

facebokiANOS a par desta coisa