O meu filho chegou a casa às 8 da manhã…esmurrado, inchado, queimado e com mais umas quantas mazelas terminadas em "ado".
Andou à pancada com MUITAAAAAAA gente, levou pancada de MUITAAAAAA gente…relatou os acontecimentos e confessou que estava tão anestesiado que até achou a coisa divertida, tirando a parte que não pode voltar a Lagos nos próximos anos.
Antes de adormecer, tratou de escrever no Facebook:
"A dica é esta, levei forte e feio, mas mantive-me rijo =D"
Têm que admitir, nesta casa a malta sabe como se divertir à grande!
Sou meio desligada, despistada…alheada de tudo (todos) aquilo que não me diz directamente respeito.
Vivo neste povaréu há 23 anos e não conheço os meus vizinhos, não sei quem é quem, muito menos onde mora e que carro tem, se tem filhos, se é viúvo ou divorciado, feliz ou infeliz…só sei, e ainda assim a muito custo, se são simpáticos ou antipáticos.
Não é raro o dia em que no local onde tomo café há 11 anos, ouço comentários e novidades estonteantes acerca dos moradores da zona. 90% das notícias passam-me ao lado, porque estou, geralmente embrenhada a ler as desgraças do único jornal que o estabelecimento simpaticamente oferece para consulta dos clientes habituais.
Também não são raras as vezes que me tentam explicar que esta é a prima da outra que por sua vez já não mora com o outro e teve um bebé de outro ainda, ao que eu, invariavelmente pergunto "quem é essa?"…
Geralmente acabo por descobrir coisas que nem imaginava e que, passado uma semana já não me lembro de novo, obrigando-mea voltar à estaca zero.
Hoje, depois do café da manhã, fiquei um pouco mais preocupada do que o habitual….
Então não é que descobri que a vizinha da frente (aliás, do campo em frente), aquela senhora velhota muitooooo antipática que já não via há imenso tempo…morreu há uns anos.
Descobri que o único vizinho simpático (do campo um pouco mais acima), casado com a rapariga gira e dono do gato preto que me engravidou a gata…já não está casado.
Descobri que tenho, por detrás da minha casa e da gigante alfarrobeira, uma casa amarela com um vizinho giro (segundo as fontes)…ora eu que nem sabia que lá existia uma casa amarela, quanto mais…
Resumindo e concluindo…vou ampliar um mapa da zona e assinalar os locais com os nomes e a breve história da vizinhança.
Fartei-me de estar na aldeia e não ver as casas!
Tenho que saber com quem me cruzo diariamente, tenho que fixar as caras, em suma, tenho que estar informada…pode-se dar o caso de viver quase ao lado de um perigoso psicopata e não dar por nada.
Imaginem um novelo de lã gigante, em que os fios estão constantemente cortados e temos que dar nós para conseguir tricotar a camisola num determinado espaço de tempo…
É assim que me sinto, por vezes tenho que travar uma luta enorme para decidir se vale a pena atar o fio, se quero ou não tricotar a tal camisola quentinha para estar terminada a tempo da chegada do Inverno.
Tirando estas dúvidas existenciais, muita coisa foi correndo neste espaço de tempo. Por fora quase nada mudou…a casa continua no mesmo sítio, o emprego ainda é o mesmo, o meu quarto continua a ser a divisão mais fresca aqui do sítio.
O Óscar morreu e o César tornou-se um cão mimado que me chora todas as noites à porta, na esperança de vir dormir perto de nós.
O Diogo matriculou-se na minha escola, na esperança que lhe controle as faltas e os impulsos rebeldes.
Só fui uma vez à praia e até gostei.
Descobri que as minhas costas largas, não conseguem comportar tanto peso como seria de esperar.
Confirmei que sou bruta nas palavras e, mesmo sem querer, por vezes firo as pessoas.
Descobri que sou estupidamente impulsiva e que funciono com "cliques"…liga / desliga, volta a querer ligar / desligar…NÃO PODE SER ASSIM.
Tenho medo de já não conseguir mudar….
Descobri que vou tendo algum medo do futuro…coisa impensável há uns meses atrás.
o cão Óscartem estado muito doente…desapareceu, hoje já não estava no sofá debaixo do telheiro, onde de madrugada lhe ajeitei a cabeça que caía.
ainda não sei se saiu para morrer
talvez ainda volte…
dizem que os animais vão morrer longe dos donos
acho que é para morrerem com alguma dignidade
para nos pouparem à triste agonia final
sinto um enorme desconforto por me faltar a coragem
por ficar aqui assim, a ter pena dele…a ter pena de mim…
4 de agosto de 2010
Acho que lhes devo algumas informações,ou imagens ou o quer que seja que lhes satisfaça minimamentea curiosidade que provoquei ao armar-me em "mete-nojo"a anunciar viagens.
Pois bem...Zagreb foi como um daqueles namoros mornos, que se limitam a saber bem porque são confortáveis e aconchegantes. Digamos que lhe faltou a paixão e as borboletas no estômago.Foi uma viagemQB, mas desprovida de adrenalina...à cidade falta-lhe alguma garra, ou então não lheencontrei o ponto G.
Gente simpática.
Comida muitoooooo boa.
Óptima cerveja local.
Bons docinhos.
Gelados do bom e do barato.
Centro histórico muito agradável.
Limpinha. Muitos jardins.
Proximidadede várias outras capitais (ou não).
Ambiente de modernidade nas gentes , nocomércio e em alguns edifícios - não no urbanismo (que a torna "quase" mais uma cidade europeia).
80% (sou uma barra em estatística)das pessoas não fala inglês, as informações têm que ser decifradas a muito custo.
Bom serviço de transportes.
Muitas freiras.
Hostel muitíssimo bem situado.
Preços, não muito baratos nem muito caros.
*vão encontrar um espaço inexplicável entre 2 fotos...não consigo resolver o assunto...já estou por tudo, passadas 2 horas
Enfim...Ainda na Croácia, embrenhei-me no seu interior - Norte - para não perder oParque Natural Plitvice|Património Mundial|...lindo, é de facto lindo, uma pérola no meio da montanha. Mas infelizmente sou uma tipa "abrutalhada" e por viver todo o ano no meio da parvalheira, quando saio preciso de urbe, de movimento...ainda não desenvolvi o meu lado bucólico, acho que vem com a idade (não precisam de me dizer que estou atrasada, porque sei disso). Vai daí que depois de ver 1, 2, 3 lagos de um lindo azul turquesa, 1, 2, 3, cascatas a serpentearem por aquelas montanhas verdejantes...comecei a focar-me nos peixes que me pareceram alegrestrutas grandalhonas e felizes.
Samobor é uma vila próxima de Zagreb, pequenita e agradável.
Um dia na Eslovénia - Liubliana...com um centro tão, mas tão bonito e acolhedor. As pessoas um pouco mais arrogantes e muito mais turismo. A passagem na alfandega, dentro do comboio, muito engraçada, ainda com um cheirinho a ventos de comunismo.
LIUBLIANA
e PRONT'S, basicamente foi isto
* Como sabem, quase que não coloco fotos de paisagens, porque essas podem consultar nos sites do turismo ou nas imagens do google.
Nota: Editar uma mensagem é um pavor, esta coisa começou a papar letras...colocar fotos nem se fala, um horror. Deixou de obedecer aos meus comandos, parece que tem vida própria. Estou a ficar velha ara estas coisas. Que trabalheira do caraças!
Uffffffffffff..................
* Porque é que estou a postar a estas horas da madrugada? Porque sim! Insónias...não!
sou____________umas vezes ASSIM,
outras ASSADO (muito mais prosa do que poesia, muito mais assim do que assado...)
sou a Ana, do Sul...e mais não digo!