30 de dezembro de 2011

um 2012 cheio de PAZ

2012, é só para avisar...
se pensas que me assustas,estás muito enganado ó 'amiguinho'!

20 de dezembro de 2011

um FELIZ Natal (se conseguirem)

...quase desertora, mas sempre uma simpatia! ahahahahAHAHAH



8 de dezembro de 2011

________recados


18 de novembro de 2011

o insondável mistério do TRIÂNGULO DAS PEÚGAS



Não sei como a coisa corre nas vossas casas, na minha dura há anos e piora a cada dia que passa…

As peúgas insistem em desaparecer! Divorciam-se umas das outras abandonando o par sem aviso prévio...são misteriosamente ENGOLIDAS sem deixar rasto.

Até agora, a teoria que se me afigura mais provável, é a de que máquina de lavar roupa colecciona peúgas desirmanadas. Coloca-lhes, provavelmente, uma etiqueta com número e data e armazena-as numa espécie de alçapão secreto.

Tirando o probleminha da dívida externa, os cortes nos salários da função pública, o exagero dos aumentos de QUASE tudo e mais outras tantas ninharias dessas, este é de momento um assunto que me preocupa verdadeiramente!

10 de novembro de 2011

chatices com o raio do cão, ou se preferirem, "passou a ouvir-se pior nesta humilde casa!"


Estou um bocadinho aborrecida (para ser franca, uma pilha de nervos).


Passo a explicar:
- A minha mãe tem 82 anos e as mazelas vão-se fazendo sentir...ouvia muito mal e conseguimos convencê-la a comprar um aparelho auditivo (carote, por sinal), em Outubro passado.


- A minha mãe veio visitar-me!


- A minha mãe, esta tarde, teve pena do Ice.Teazinho, amoroso e abriu-lhe a porta de casa...


- O Ice.Teazinho amoroso tem de ter uma vigilância, tolerância zero...


Resumindo....HOJE o Ice.Teazinho amoroso COMEU-LHE o aparelho auditivo, novo!


Estou a tentar libertar os demónios que sinto, dando um ar da sua graça à coisa. 


Poderia até ter uma certa graça...se me tivessem contado esta história com outra mãe, outro aparelho auditivo, passada em outra casa, com outra família e  outro cão.

1 de novembro de 2011

hoje vou levar-te flores




como gostaria que hoje fosse apenas o dia dos vivos...

21 de outubro de 2011

alembraDURAS, ou coisas minhas que vos ofereço (…ou impinjo, como preferirem)


Lembro-me que sempre gostei de ler à noite, sempre gostei do sossego para as coisas sérias, a luz do dia sempre me roubou a concentração e distrai-me com vontades de cafés, de conversas, de olhares para o vazio…na adolescência, como existia uma hora do recolher obrigatório e as leituras eram viciantes, recolhia-me aos lençóis deitada de bruços, cabeça tapada e lanterna de pilhas a alumiar a cena, até que o livro acabasse ou o sono me vencesse.

Lembro-me da avó Alice à mesa do jantar a descascar a fruta para o filho “tens de comer fruta Zé Carlos!” – enquanto a malta, netos carentes da única avó, ficava atónita, com olhar de S. Bernardo a ver o episódio que supostamente lhes estava destinado, passar-lhes descaradamente ao lado.

De ter tantas saudades do meu avô Gordinho e da minha avó Antónia, apesar de só os ter tido até aos meus 6 meses…

De soluçar de tanto chorar, sempre que a minha mãe me contava a história do Menino com uma Estrelinha na Testa, e de querer sempre mais e mais repetições, até quase sucumbir de tristeza…

Lembro-me de cometer loucuras absolutamente irresponsáveis (provavelmente com a mania de que era artista de circo, ou que o perigo era a minha profissão), fazer malabarismos em murinhos estreitos de 7ºs andares, de galgar  penhascos altíssimos e quase verticais, pendurar-me em varões de antenas de televisão balançando-me do lado exterior de varandas de 3ºs andares…fazia as amigas verdadeiras chorarem de aflição e inchava de orgulho, pela coragem das profecias…sei hoje que o “inchaço”, afinal era de pura idiotice juvenil.

Lembro-me de andar meses a fio a aprender a nadar, com a ajuda de vizinhos dedicados e pacientes e por fim, no espaço de segundos, aprender a nadar (à cão), depois de me empurrarem do pontão dos barcos, na ria de Faro.

Lembro-me de andar durante dois anos, entre os 11 e os 13, na vela…quase só porque estava apaixonada pelo professor que tinha na altura 18 anos. Também porque nesse dia, ao fim de semana, nos enfiávamos no hotel mais luxuoso de Faro, ludibriávamos o porteiro, e esgueirávamo-nos para a única piscina existente na cidade…era uma festa, com direito a toalhas do hotel e grandes saltos da prancha altíssima, de onde se via toda a ria e parte da cidade.

Lembro-me de escolher o MEU primeiro cão e de o baptizar de Pélé, porque era preto, não por racismos meus, mas por devoção a um grande jogador. Tão inteligente, tão carismático, tão especial, que fará parte de mim durante toda a minha vida.
Do meu ganso Manolito, quase arraçado de cão nos hábitos, tão fiel, tão meu segundo cão…que acabou, certamente, na panela dos desgraçados que o roubaram na altura da feira de Faro (provavelmente partiram algum dente, dado a rijeza do bicho que já deveria ter na altura uns 7 anos).

Lembro-me de quer ser professora de desenho ou de ginástica, desde sempre…santa ingenuidade, a das criancinhas! Assim que comecei a ter juízo, coloquei logo a ideia de parte, depois, ironia do destino, acabei no ensino, na área das Artes (primeiro por graça e conveniência, depois porque a nova profissão se entranhou nos poros).

E por hoje, não vos vou contar mais nada, porque a minha cabeça está tão cheia de lembranças, que vos iria afogar com tanta informação. Desnecessária, é certo, mas apeteceu-me tantoooo....

…experimentem fazer este exercício e vão ver a turbulência  que se gera na vossa cabeça

23 de setembro de 2011

era uma vez uma glândula supra-renal que além de ser de direita é completamente parva



quando atingimos uma certa idade, os srs. doutores resolvem checkar-nos as entranhas na ânsia de nos descobrir maleitas que lhes garantam o trabalho (nada contra, que eu cá até gosto bastante de alguns médicos…de outros, nem por isso).

nestas minhas andanças, esgravataram-me imensas coisas e descobriram, pasme-se, uma glândula supra-renal direita com uma grande bola de ping-pong, ou de golf, a ocupar todo o espaço que era suposto estar livre. ora logo a mim que me havia de acontecer esta porr@, eu que nem tinha conhecimento deste dito órgão, pequenito mas MUITO marafado, que controla imensas coisas chatas. 

a partir daí, são exames para aqui e para acolá, tudo certinho,massssss….faça lá mais uma vez. será que essas fraquezas poderão ser efeitos colaterais, e as tonturas e o estado de ansiedade…poderão ser, ou talvez não!? também poderão ser efeitos colaterais da falta do pagamento da mensalidade que o pai achou que não devia continuar a enviar ao filho (embora ele ainda dependa de nós e ainda respire)…
tudo se mistura, tudo se confunde, tudo me lixa!

daí que, em princípio, vá ser operada, para retirar o raio da glândula direita (eu que sempre fui de esquerda) e livrar-me das duvidas  todas.

pior mesmo é que tenho aversão a cicatrizes!


*ando com uns desabafos chatos. não consigo ficar calada. Tenho que exorcizar os meus fantasmas porque não me apetece implodir.


NOTA IMPORTANTE: não são obrigados a ler estas coisas chatas!

19 de setembro de 2011

apetece-me enfiar a cabeça na areia

muito sinceramente, não sei se vou aguentar ouvir falar de mais uma única desgraça que seja.....


estou FARTA!!!!!!

se não me acontece nada de fantástico até ao fim do mês, (ainda) hiberno (mais). está decidido!

17 de setembro de 2011

o desprazer também é um estado importante

__________A foto é minha

Já aqui falei do prazer, relegando o desprazer para lugares remotos e sem honrarias de coisa importante.

Desprazer é o que sinto quando as energias me falham em teimosias de não cumprimentos constantemente adiados, à espera de magias de coisas feitas em “PUFS” de já está e não custou nada.

Desprazer é um querer que seja assim, com um resultado que acaba por ser assado

É querer ir ali à Índia, só para ver as cores e os cheiros e não poder

Desprazer é quereres poder não gostar do que não deves e ainda assim, gostas que te fartas

É quereres dizer que não quando não te apetece mesmo, sem teres de te desdobrar em argumentos que não te apetecem

É parecer-se egoísta, sem no fundo se ser

É gostares muito de alguém ou de alguma coisa mas não te apetecer

É teres problemas que se encavalitam uns nos outros e que crescem… crescem, p’ra caraças, como cogumelos em represas, e sentes que não dás conta porque estás em modo “não me tirem do meu buraquinho” porque aqui é que estou protegida

Desprazer é um estado lixado, que dificilmente nos faz rir, mas que quando faz com que aconteça, é quase tão bom como quando descobrimos que conseguimos andar de bicicleta sem as ridículas rodinhas traseiras

O desprazer também é um estado de relevante importância…proporciona-nos o enorme prazer de podermos livrar-nos dele!

NOTA da AUTORA: nem tudo em mim, é de momento desprazer…os meus 2 primeiros dias de trabalho, correram muito bem, para que saibam ;)

10 de setembro de 2011

estados ácidos




Nem sempre me encontro neste estado ácido de limão verde (mal seria de mim…), mas nestas minhas fases críticas em que fico mais irritadiça, chego a atingir um estado quase perigoso , daqueles que me fazem subir literalmente a mostarda ao nariz, perante algumas coisinhas “fofinhas” que um rol de pessoas consegue escrever, aconselhar, citar, colar, partilhar…será a chamada inveja da aparente felicidade alheia?

Ele há gente que consegue partilhar continuamente com os restantes mortais a ideia de que a vida é bela. É pessoal BUÉ de positivo, sempre “queriducho”, sempre com umas frases filosóficas na manga, de sua autoria ou gamadas ao “Citador” mais próximo de si (por vezes bastante duvidosas), que nos fazem sentir uns verdadeiros infelizes, incapacitados…causam-me um estado de pessimismo tramado, porque nunca chegarei a esse suposto estado de graça, nem que me pinte de amarelo.

Outras (e são pessoas de carne e osso, acreditem!), têm nas redes sociais, uma palavra amiga para todas as ocasiões, muitos bons dias e boas semanas e tudo de bom…dia após dia. Simpáticas! Pois sim…


Agora pergunto-ME, será isto possível, tanta alegria, tanto bem estar, tanta simpatia? Ou serei eu um ser perfeitamente alimonado a precisar de uma colher de açúcar? E não me venham com a famosa teoria “o que tu precisas sei eu”, heheheheh…

  
Não atravessam o raio da crise que se faz sentir???? Nunca se vão abaixo, esse humor está sempre em alta?


Bem, acaso me possam dar a receita para tamanho estado de felicidade e bom companheirismo, estou aberta a mudanças. O que não vai ser tarefa fácil, embora reconheça, humildemente, que não posso continuar casmurra toda a vida.


Muito grata pela atenção e desculpem qualquer coisinha!

*desabafinhos

17 de agosto de 2011

PENSAmentos avulso, como os cigarrinhos MataRatos que se compravam à unidade nas mercearias de bairro



Já faz tanto tempo quem nem sei se ainda sou capaz de debitar alguma coisa que faça sentido.

Tantas vezes se constroem ideias na minha cabeça, começos de frases que poderiam desenrolar-se de uma forma gira. Tantos arremessos de vontade, tantos apetecia-me escrever hoje…e no fim, a maldita preguiça a castrar-me.

Inevitavelmente no mês de Agosto, faço as pazes com a casa, a quem ofereço a minha presença constante e da qual tenho uma enorme dificuldade em me separar, como se estivéssemos unidas por cordas do tamanho de amarras. É o telheiro das traseiras, fresquinho de dia e aconchegante no princípio das noites, é o quarto com a cama convidativa às sornas da tarde. O adiar as idas ao supermercado, as idas à praia, as simples idas que se estendem para fora do portão…OBRIGADA, casa! Que me aceitas assim de seguida, sem tréguas minhas e sem queixas tuas.

Fujo dos convites, ainda que simpáticos, fujo das conversas, fujo dos calores, fujo de todas as casas que não são a CASA e de todas as paisagens que não são a minha. Fujo do cansaço e fujo talvez de mim, ao fugir de vocês.

Em devaneios caprichosos, permito-me ter saudades das torradas da minha mãe, as melhores do mundo.

Permito-me quase odiar os magotes infernais que atacam os supermercados, como se o mundo estivesse para acabar e os bunkers precisassem de se encher de provisões.
Quase odiar, o esgotar dos iogurtes líquidos e das sangrias doces e baratas, nas prateleiras.
Quase odiar a dupla de emigrantes do Luxemburgo, que se permitem ter conversas do mais ordinário na fila, como se nós não percebêssemos o português…que culmina com a entrada triunfal num carrão topo de gama.

Em contrapartida, adoro o quente do chão que me deixa andar descalça. 
Adoro a cor do céu que quase me fere a vista. Adoro andar para aqui assim, sem grandes responsabilidades, sem grandes compromissos…à espera que passe o Agosto porque sim e a temer que passe o Agosto porque sim, também.

23 de julho de 2011

9 de julho de 2011

_______vivendas geminadas não são para construir nos quintais das vizinhas


Estou naquele famosíssimo estado muito comum às mulheres “à beira de um ataque de nervos”. Anteontem descobri umas manobras estranhas no enorme quintal da VIZINHA, ontem uns senhores começaram umas escavações no dito cujo e hoje…há meia hora, mais precisamente, quando saí para comprar tabaco, fui informada de que a VIZINHA iniciou a construção da módica quantia de 5 vivendas geminadas de 1º andar, no terreno do seu quintal.

Há 18 anos, quando vim morar para este paraíso, não contava que a VIZINHA fosse plantar um bloco de casas coladas ao meu muro. Esperava ter para sempre a mesma privacidade e vista, uma vez que não existia nenhum terreno pelo meio, além do famoso quintal…

Não estou psicologicamente preparada para esta invasão que se vai instalar nas traseiras do meu quarto.

Não estou preparada para ser observada dos primeiros andares de 5 famílias, por mais simpáticas que sejam.

Não estou preparada para renunciar à minha vista.

Estou lixada com um F muito grande!

21 de junho de 2011

e PRONTES...sei que chegou o Verão

felizmente o meu CANITO não é preconceituoso...
tanto papa umas HAVAINAS do Pingo Doce, como umas brasileiras com pedigree


lá nisso sai à dona!

10 de junho de 2011

irmã da minh'alma



um beijo para ti...só um, mas daqueles que vão directos ao coração, como só as pessoas que se amam sabem dar e receber


faz hoje 10 anos que me (nos) deixaste...
que ainda me deixas...
FALTA
                        TANTA
em todos os meus dias


Beatriz do meu coração!

2 de junho de 2011

peQUEnos prazeres

prazer, prazer, dão-me os fins-de-tarde que terminam no sofá azul do telheiro da cozinha.
meio copo de vinho, sempre tinto e meio cheio, saboreado em recordações de um vidrinho anos 70, resto de infância, com florinhas entre o hippie e o naif...
as vistas são o pedaço de quintal mal amanhado, mas prazenteiro de verde, campo, céu, o ladrar longe dos cães dos outros e o brincar perto dos meus. o ruído de um ou outro carro que me faz lembrar a estrada, não muito perto, não muito longe.
o quase sempre pensamento na irmã Bea que se esconde numa destas estrelas do meu céu do quintal das traseiras.

PRAZER, PRAZER é gozar este momento, quase só comigo e em perfeita PAZ.

bons pequenos prazeres, também para vocês!

14 de maio de 2011

Ayamonte num impulso ou a vida do Serafim

não esquecer, desligar a musiquita do lado direito

Estou a escrever este texto, crónica, desabafo, baboseira ou o que lhe quiserem chamar, directamente de um boteco de montaditos em Ayamonte. A terminar um “jarro de cerveza”, que não é mais que uma caneca, e beberia outra não fosse este maldito sentido de responsabilidade que me persegue e na eminência de ficar alcoolizada em terras de Juan Carlos, que, era de facto o que me apetecia de momento.

Para chegarmos ao porquê deste, hoje, “jarro de cerveza” temos que recuar quase dois anos, quando descobri com uma enorme estupefacção, que o gato Serafim, bem como a restante família felina, eram portadores de SIDA felina. Ora o gato Serafim, o meu gato mariconço, frágil, caseiro, tímido, muito pouco dado a socializações e para quem quase só EU existo, não merecia ter sido contagiado, sem sequer se ter exposto ao perigo das redondezas.

ADIANTE…

A família acabou por morrer e o Serafim tem resistido estoicamente, cada vez com + mazelas, + magricela e com muito mau aspecto e eu…sempre à espera do dia D.

Ontem à noite, para espanto, começou a esvair-se em pus e entrei em estado de choque. Telefonia para as urgências veterinárias e a doutora (tão, mas tão QUERIDA) tratou de me acalmar, deu-me instruções de combate e mandou-nos lá estar logo de manhã. E fomos, logo, logo, os primeiros…eu nervosa e o Serafim a chorar todo o caminho, porque gato que se preze não gosta de caixas transportadoras.

E a veterinária olhou com olhos de pessoa experiente e ditou a sentença “o mais sensato era dar-lhe uma injecção para morrer”, e desta vez fui eu a esvair-me num filho da put@ de um choro, que me impediu de aceitar a proposta. E chegámos a acordo quanto ao adiamento da morte do Serafim e concordámos também em que ele ainda tem muita energia e que provavelmente ainda se vai aguentar muito tempo, cada vez com mais mazelas, mas com uma resistência felina que lhe permite estar desperto e mover-se e comer pouca comida de gato e muitas guloseimas de humano e seguir-me para todo o lado e gostar de mim como se eu fosse o seu ídolo e eu, ADORÁ-LO incondicionalmente (e estar feita parva, sozinha, a chorar no meio de uma cervejaria em Ayamonte).

BEM, vai daí que sai da veterinária, fui comprar antibiótico, mediquei o Serafim e fugi de mim…
Vim para a Espanha que tanto gosto, apesar desta zona ser como que o parente foleiro, a ouvir Ayo, como se não houvesse amanhã. A necessidade de sair de casa e de ouvir castelhano, porque é a língua que fica mais à mão, era tanta que fugi, literalmente…vontade mesmo tinha de ouvir um sotaque argentino, ou indiano, mas isso ficará para uma outra oportunidade.

Ficaria aqui a escrever mais umas tantas horas, mas não os quero massacrar...se é que conseguiram chegar até aqui.

Raios me partam (por favor deuses, não levem esta profecia muito à letra) se um dia não escrevo um livro a contar coisas. A contar coisas minhas em jeito de estórias iguais às vossas.
Soubesse eu os truques da escrita…

Acabei a cerveja, são 16.00 horas, vou regressar ao português, ao Serafim…e a mim!

para que saibam, o meu Serafim já foi um gato lindo

7 de maio de 2011

ferrugens

às vezes não choro por medo de enferrujar


de tanto fazer de conta,
convenci-me que era de ferro

1 de maio de 2011

fases

 encontro-me em fase de semi-hibernação. 
mal de amores!?...não, não é o caso!
estou mesmo é ZANGADA com o mundo!!!!!!!!!!!

21 de abril de 2011

ai as micoses...


Digamos que a cada vez maior falta de poder de compra e um pequeno grande amuo com o meu médico particular, fizeram com que passasse a recorrer à médica de família…e lá vou, cantando e rindo.

O “meu” Centro de Saúde, mesmo que se chamasse “Centro de Distribuição de Euros Só Porque Sim”, seria ainda assim uma coisinha triste e deprimente…

Um edifício supostamente moderno, inaugurado talvez com pompa e circunstância há 10 anos, em que o bom gosto se perdeu nas poupanças dos restos de materiais com que foi erguido. CARAMBA, é tão feinho, tão deprimentezinho, tão decadentezinho, que nem que me perca em “inhos” lhe consigo atenuar os defeitos e feiuras.

A cada nova visita lhe descubro mais enfeites de estuques caídos e tintas submersas em escuros bolores. As paredes alegradas por cartazes enxovalhados presos em excessos de fita-cola para se manterem firmes e hirtos. Uma planta trepadeira estende-se por toda a recepção, numa mistura singular entre o longo e o careca das folhagens que se prendem àquele caule a perder de vista.

A funcionária, ela própria a fazer pandam com o cenário, mergulhou o único armário existente (maior parte dos dossiês estão entricheirados no chão) em imagens que a fazem respirar a terra que deixou. Pronuncia madeirense muito acentuada, um ar eficiente que tanto se desdobra em simpatias como em perfeitas alarvidades, dependendo da posição dos ventos. Um andar que se faz seguro com a cabeça ligeiramente inclinada para o lado direito, e a desenvoltura de um touro que se prepara para investir. Roupagem num misto de casual desportivo, com alguns, muitos, resquícios do filme Aquarius, em versão BollyWood.

A clientela é maioritariamente feminina, sendo que os rabos enormes vencem com uma enorme vantagem (BOLAS que as portuguesas têm traseiros generosos).
Perto da hora do almoço o espaço enche-se de delegados de propaganda médica que dão um ar mais composto à coisa, por momentos chegamos a pensar que estamos à espera da abertura das portas de um teatro.

Hoje a coisa até correu bem...

É que no outro dia, a senhora funcionária esqueceu-se que a fechadura, da única porta existente estava avariada, foi almoçar e trancou-nos lá dentro. Sendo que as janelas têm gradeamento, foi assim um bocadinho aborrecido. Valeu-nos um Mc Giver enfatado da propaganda médica mais um senhor de idade que do lado de fora, nos ia fornecendo chaves de fendas e alicates e ainda muitas outras chaves todas giras e muito eficientes.

As micoses do nosso sistema de saúde alastram-se e arrastam-se…e, e, e…mas que chatice, porque é que isto é assim?!


14 de abril de 2011

manias & bizarrias

gosto de escrever em bocados 
de folhas aproveitadas,
 de contornos muito 
direitinhos 
e regulares,
 com lápis pequenos 
e de ponta afiada...
nessas alturas 
sinto-me com a importância
 de uma merceeira 
a apontar meticulosamente
 as contas do freguês.

31 de março de 2011

prima Vera



Sabe-me bem esta luz e a primeira camisola de manga curta, a medo na sombra e descarada ao Sol.

Sempre afirmei que a Primavera era a maior, a mais bonita das primas…e não se trata de uma opinião, é um facto, contra factos não há argumentos. 

Os meus pais não programaram gravidezes ao milímetro, na altura, geralmente aconteciam porque sim. A minha não foi sequer equacionada, foi um desastroso acidente, mas foi tão bem desprogramada que nasci na Primavera. Já o meu filho foi daqueles quereres porque se quer muito e já agora um querer que seja na Primavera o nascimento. 
E foi…um ano depois da programação, mas foi. Tão como eu queria que nasceu no dia a seguir ao meu aniversário, porque, volto a relembrar, contra factos não há argumentos e esta é sem dúvida a melhor estação do ano para se nascer.

E não é só por causa dos passarinhos, das abelhas e da cor das flores, não, não é! 

É tão só e apenas porque sim…

Talvez porque parece que se respira de novo, porque está um fresquinho bom, porque os dias crescem a olhos vistos e as pessoas se apaixonam mais, porque os sorrisos teimam em estampar-se idiotas nos rostos…



assim, só porque sim.

27 de março de 2011

desperdícios



É impossível atravessar totalmente um domingo sem que a 2ª feira nos martele sorrateiramente o cérebro.

Depois do jantar a coisa agrava-se bastante e chega a tornar-se incomodativa.

Por antecipação e engano, com a sensação de que se ganha tempo, começa a contagem decrescente para a 6ª à tarde.

E assim, de 6ª em 6ª, de amarguras de domingos, vamos roubando qualidade aos entretantos…

Que burros somos, e nem a vantagem das enormes orelhas temos…”para nos ouvirmos melhor”…

19 de março de 2011

gostares de gosto


Há gostares assim e gostares assado, uns porque sim e outros também, porque raros são aqueles que o são porque isto ou por aquilo…
gostar é isso, uma coisa que nos une ao outro sem sabermos bem porquê.

Há ainda os gostares fáceis e os difíceis, os complicados ou complexos e os simples, certinhos, perfeitinhos e quase sempre sem (muita) graça.

Aqueles que mesmo na distância se sentem como estando por perto, como sendo os nossos gostares…os de quem eu gosto e que me gosta.

Importante é gostar, a sério, gostar mesmo de gosto!

Um espaço do gostar preenchido, é meio caminho andado para termos a nossa zona de conforto.

10 de março de 2011

8 de março de 2011

os professores de desenho



Os professores de “desenho” já não o são, mas eu não me importo de ainda o ser, se é que me faço entender. Importo-me é que me perguntem se tenho pregos, ou alicates na minha sala, porque embora as Artes sejam um vasto mundo, que vai da escultura à gastronomia, têm diferentes áreas, como era suposto ser do conhecimento dos meus colegas, mas não é, porque estão na aldeia e alguns não fazem o mínimo esforço para ver as casas(revoltadinha, às vezes...tem dias)

Os professores de Ciências Naturais não têm que ter nas suas salas de aula, sulfato de cobre, nem tabelas periódicas penduradas na parede, porque as suas ciências não são Físico-Químicas. É fácil de entender…sei lá, acho eu…

Ora bem, os professores de “desenho” que já não o são, não se limitam a olhar para os desenhos dos alunos e comentar com os seus botões “ai que giro” ou “que fracote, este”…NÃO!
Nada disso! 
Avaliam por parâmetros, olham com olhos de ver, comparam, se for caso disso, conferem os traços com instrumentos de medição para assinalarem os erros e os alunos saberem onde falharam e o que podem melhorar. 
Estes professores de “desenho” podem levar horas a avaliar os trabalhos de uma turma…HORAS, sim, 4, 5…incrível! 
Como é que um professor daqueles que “tem muito jeito com as mãozinhas” e ideias, sempre muitas ideias para cartazes e isto e aquilo, daqueles que têm uma disciplina mesmo fácil, que não dá trabalho nenhum, consegue perder cerca de 15 horas para avaliar trabalhos de 3 turmas…

As coisas incríveis que vos conto………………………

Como é óbvio, estou a carnavalar à volta de uns trabalhinhos de casa!

obrigada pela visita!

pessoal que gosta de estar a par destas andanças

facebokiANOS a par desta coisa