Há precisamente oito anos, acordei com o som do telefone e pressenti de imediato que iria ser o pior telefonema da minha vida. Nem esperei que o médico me dissesse nada, limitei-me apenas a perguntar "a minha irmã morreu, não foi?"
Há oito anos, na passagem de ano, a minha irmã confessou-me uma coisa que ainda hoje estou para saber como a sentiu antecipadamente, "tenho a sensação de que esta vai ser a minha última passagem de ano!"…e foi.
Já vos disse que nunca ultrapassei a sua falta?
Já vos disse que não lido nada bem com a morte?
Já vos disse que às vezes também estou triste?
E o quanto detesto a "diabetes"?
…e que o AVC é um acidente "filha da puta"?
Há um ano chorei assim…
(desabafos muito sentidos, ou, homenagem à Beatriz do meu coração)