27 de setembro de 2009

VOTações


a  malta cá da casa
foi a votos


O filho, preguiçoso como o raio e com uma consciência cívica duvidosa, achava que não precisava de ir porque, assim como assim, já se sabia quem ia ganhar. Acabei por convencê-lo com um discurso inflamado. Fi-lo porque conheço as tendências dele. Se achasse que era um voto mal empregue, nem me dava ao trabalho.
É que sou moralista mas não sou idiota!
AHAHAHAHAHAH


HUMMMMMMMMM...
Porque será que mesmo assim ainda fiquei com um sabor amargo na boca e a ausência da sensação de dever cumprido!?

25 de setembro de 2009

Por acaso viram passar a minha cabeça por aí?

"Deslembrando

minha existência

me peguei pensamentanto

forçando o alembramento

da memória das coisas"

Excerto do poema "Deslembramento"

de Ana Maria Lopes

(descoberto, por acaso, num motor de busca de imagens)

Já alguma vez lhes tinha contado que era muito despistada, desligada mesmo de certos assuntos. Em suma, uma verdadeira nativa do planeta Agostini?

Para que tenham uma pequena ideia, já consegui, por exemplo, comparecer ao casamento de uma das melhores amigas, apenas no dia seguinte; enfiar a minha gata na máquina de secar durante 45 minutos.....

Pois é. Infelizmente tenho esse PEQUENO defeito de fabrico.

Caso estejam recordados e como podem facilmente verificar, à cinco dias atrás escrevi um texto inflamado a protestar com a banca. Pois, neste caso concreto…RETIRO O QUE DISSE!

Quais filhos da put@, qual carapuça, uns QUERIDOS é o que eles são!

Fula que fiquei com a situação, resolvi que ia tratar da minha SUBIDA da taxa de juro ao crédito à habitação,pessoalmente. Como temia as filas intermináveis na minha agência bancária, à uns minutos atrás optei por telefonar.

Dito e feito...

Eu – Queria expor a minha situação e pedir esclarecimentos relativos à carta que recebi a informar da nova prestação do empréstimo e tal e tal, blá, blá, blá….

Senhora da CGD (simpática e paciente) – Vou ver o seu processo….Hummmm. Pois é, de facto foi alterada! BAIXOU 40 euros! Quer fazer alguma reclamação?

Eu (soltando uma gargalhada sonora) – NÃOOOOOOOOOO!!!!!! Por quem sois. Foi um pequeno lapso. Peço desculpa por ter tomado o seu tempo.


É por estas e por outras que não fico rica. Sou despistada com os dinheiros, não confiro, não comparo….refilo quando não devo e nem dou por isso quando devo.


Nunca me confiem a gestão das vossas contas. É um favor que vos peço!

24 de setembro de 2009

O dia da Rosebud


assim, só....
parabéns!

Notazinha.inha.inha: Pronúncia, não te estou a roubar ideias. É que a Rosebud também é um bocadinho minha.

23 de setembro de 2009

Nada de novo a acrescentar, passei só para informar (caso vos interesse) que estou mais ou menos neste estado.

Assuntos urgentes a tratar: Mudar as lentes dos óculos para poder recomeçar a alimentar os gatos convenientemente!

20 de setembro de 2009

Sempre ouvi dizer que quem dá e tira vai p'ró inferno

Informo desde já que gamei a imagem do Google. O autor, brasileiro, que me desculpe mas está lá ao dispor...mesmo a pedi-las. Qualquer coisinha é só vir cá ao Algarve que resolvemos a questão.

Acabei de vir agorinha mesmo da caixa do correio que não tinha o prazer de visitar há cerca de 3 meses (razão tenho eu em não ir lá mais vezes).

Fiquei possuída!

Como é sabido os juros ao crédito à habitação baixaram durante este ano. Eu, que não entendo nada destas coisas da banca e das taxas e do raio que os parta...esperei, esperei, esperei e quando já estava desesperada, dirigi-me ao banco para saber porque é que o meu não tinha baixado. Muito prestáveis, esclareceram-me na hora, "E tal e coiso, como o seu empréstimo está indexado à taxa Euribor, tem que esperar 6 meses pelo acerto e patati, patatá".
Esperei, esperei e quando já estava desesperançada, a prestação baixou...quase 90 euros. Fiquei radiante!

Então não é que hoje encontrei uma carta do banco a informar que os juros sofreram alterações de novo e como tal vou ter um aumentozinho de 50 euros!

PUT@ QUE OS PARIU!


Quando o telefone toca

Recebido via e-mail.

Obrigado por ter ligado para o Instituto de Saúde Mental, a companhia certa para os seus momentos de loucura.

Se é obsessivo-compulsivo, marque 1;

Se é co-dependente, peça a alguém que marque 2 por você;

Se tem múltipla personalidade, marque 3,4,5 e 6;

Se é paranóico, nós sabemos quem é, o que faz e o que quer. Espere em linha enquanto localizamos a sua chamada;

Se sofre de alucinações, marque 7 nesse telefone colorido gigante que você, e só você, vê à sua direita;

Se é esquizofrénico, escute cuidadosamente e uma voz interior lhe indicará o número a marcar;

Se é depressivo, não importa que número marque. Nada o vai tirar da sua lamentável situação;

Porém, se vota Sócrates, desligue e espere até 2013.

Aqui atendemos LOUCOS e não IMBECIS!
Obrigado!

19 de setembro de 2009

A Júlia chamou o António que não quer ser senhor e que me vai quase oferecer um jardim

Só me vem à cabeça a frase "Quanto mais conheço as pessoas, mais gosto dos animais". Ontem aconteceu-me um episódio que contrariou muito a dita cuja. Surpreendi-me pela positiva com a generosidade de algumas pessoas e pela negativa com os animais cá da casa que andam a comportar-se como se não tivessem sido educados nos melhores colégios.

A Júlia que não se chama assim mas quase, trata-me por Donana e vem-me limpar a casa uma vez por semana (Não fiquem já a pensar que sou uma burguesa do piorio porque na verdade sou precisamente o contrário. Acontece que detesto os trabalhos domésticos e prefiro abdicar de alguns extras e ter alguém que me possa dar uma ajudinha). Ora a Júlia, como ia dizendo, é uma mulher tipicamente ucraniana, branquinha, lourinha, asseadinha, com alguma falta de sal na aparência, mas em compensação com uma garra imensa e uma generosidade desmedida. Trocamos sms de trabalho que nos fazem exercitar a mente, a dela que aprende um pouco mais sobre a escrita de Camões, a minha, que decifra os códigos da escrita arraçada entre o português e o ucraniano. Solidárias, partilhamos desabafos dos nossos problemas económicos e rimo-nos das nossas condições de "tesa" patroa e "tesa" empregada.

Ai como gostava de conseguir sintetizar as estórias que me bailam na cabeça! Aproveitem para testar a vossa paciência ou persistência…

A Júlia dá-me alguns bons conselhos e outros menos bons como é o caso "A Donana devia era arranjar um homem rico para a ajudar nas despesas!"…ai Júlia, Júlia, ganda maluca me saíste, logo eu que me livrei de um homem quase rico precisamente para treinar as minhas aptidões na área da gestão financeira!

Vamos lá ao que interessa (como já devem ter reparado sou especialista em deambulações)…

O meu jardim, actualmente já só tem esta designação porque assim o manda o figurino, na verdade está de rastos. Os palmos de relva deram lugar à terra castanha escura, fértil na produção de ervas daninhas grandes e viçosas; os arbustos que rodeiam a "propriedade" (AHAHAHAHAH) estão secos, mortiços e com falhas como uma dentadura que foi perdendo os inquilinos.

A "minha Júlia" que é uma amiga e se preocupa, encontrou uma solução. Vai daí que a coisa se passou mais ou menos assim:

Júlia - "Donana, vou explicar o seu problema ao António, jardineiro, muito boa pessoa".

Eu – Deixe-se de ideias mulher! Eu lá tenho condições para pagar a um jardineiro.

Júlia – Mesmo assim vou falar com ele. Vai ver que as coisas se arranjam sem gastar muito dinheiro.

Ontem, entre as instruções e perfurações (ai essas mentes pecaminosas) nas paredes, que os homens da MEO iam levando a cabo cá pela casa, chegou a Júlia com o António e descobri em simultâneo que tinha outro furo no pneu do carro.

Adorei o António, pequenino, de bigode farfalhudo e tão, mas tãooooooooo prestável, que de imediato se ofereceu para me trocar o pneu.

Eu - Senhor António para cá e para lá.

Ele – Dona Ana, para cá e para lá. Trate-me só por António!

Eu – Combinado! Pode também tratar-me por Ana, sempre fico com a sensação de que ainda sou uma jovem inconsciente.

Fiz-lhe uma visita guiada pelo pseudo-jardim. Propôs-me uma infinidade de soluções de acordo com os meus pré-requisitos (Baixo consumo de água e autonomia quase absoluta. Que eu cá sei bem o que a casa gasta, conheço bem esta minha faceta de assassina de plantas por desidratação).

Vou plantar-lhe relva e colocar um sistema de rega em que só precisa de abrir e fechar a torneira. Vou plantar isto e aquilo. Vou cortar aqui e ali. Vou…Vou…Vou…

Devo dizer-lhes que fiquei quase sem fôlego, tantos foram os "Vou!".

Eu - ANTÓNIO!!!!! Ei, ei, ei!!!! Não percebeu que eu prefiro ter dinheiro para comer, a olhar para o verde do jardim?

António – Claro que percebi e admiro a sua atitude. Não dá valor às aparências. Por isso mesmo vou fazer-lhe tudo isto, calmamente…sem urgências. O serviço vai ser pago por outros clientes, com muito dinheiro. Não se preocupe! A Ana paga-me, pouco, se quiser e apenas quando puder. Temos que ser uns pelos outros!

O António é um verdadeiro Robin dos Bosques!

Disse-lhe que não queria prejudicar ninguém, nem a ele nem aos outros clientes. Que não me sentia bem assim. Convenceu-me do contrário.

E sabem que mais!? Que se lixe! O António é que tem razão.

Nota pequenina de rodapé, assim ao jeito das que vêm acompanhadas de asterisco nos contratos: Se por acaso for algum daqueles clientes ricos do António, aceite desde já as minhas desculpas. É que o que tem de ser tem muita força!

13 de setembro de 2009

Voos mal calculados

Peço desculpa por esta minha ausência, por ultimamente não ter "dado de vaia" (deixem-se de preguiças e procurem o significado). Acontece que não pretendo fazer deste espaço uma obrigação, mas sim uma inspiração, uma vontade, mesmo que fraca, mas não deixando nunca de o ser.

Os meus neurónios, aqueles poucos ainda em actividade, têm andado numa perfeita agitação a tentar processar novas informações e em busca de soluções para os desafios profissionais que me esperam.

De facto não foi para me perder em justificações que aqui vim. Foi para falar de assuntos mais sérios, muito mais feios, mais dolorosos…"coisas" que me têm afligido e dado que pensar...

O início desta semana foi doloroso, a 2km da minha casa, durante uma madrugada deu-se um violento acidente. Soube da notícia logo pelo café da manhã no sítio do costume…o carro ficou desfeito, os quatro ocupantes morreram todos. Fiquei constrangida, muito incomodada…

À hora do almoço, uma colega liga-me a dizer que três alunos da nossa escola e um outro que também lá tinha estudado tinham morrido num acidente. O tal acidente.

O condutor, P., 19 anos. O N., uma paz de alma, 18 anos. Os outros dois tinham sido meus alunos, tinham ambos 16 anos…dois deles eram uns safados problemáticos, dois deles faziam-me rir tantas vezes, dois deles gostavam muito da minha disciplina e penso que, de mim também.

Toda a comunidade escolar os conhecia, eram populares, davam nas vistas, muitas vezes davam problemas e dores de cabeça aos professores e colegas, não eram uns "santinhos" mas eram, no fundo, sensíveis e amigos de quem lhes estendia a mão ou um simples sorriso.

O Z. inventou a frase que se popularizou na turma "A professora dá-lhe bem!". Não tirava a mochila das costas, não começava a trabalhar sem que me chegasse ao pé dele e o motivasse com palavras meio a sério, meio a brincar, era uma tarefa fácil. Devo ter-lhe dado o 1º "4" da sua vida, encheu-se de orgulho! Gorducho e desengonçado, sempre a rir, sempre com o coração na ponta dos punhos, na ponta da língua, pronto para a pancada, fruto das tantas vezes que também ele fez de saco de boxe, fruto do que assistiu aos irmãos mais velhos, fruto de ter assistido ainda puto ao tiro que o irmão deu na avó, fruto de e de e de….

O H. emprestou-me o seu casaco num dia de actividades ao ar livre em que me queixei do frio. Entrava-me constantemente sala adentro no inicio da aula, apesar de já não ser meu aluno…"Tenho saudades, a professora era fixe!", "Eu era bom nisto, não era?"…"Eras H.! Quando atinavas, eras! Mas agora sai-me da sala antes que me enerve a sério." No ano lectivo que passou integrou uma turma "especial" foi o melhor aluno.

Os corpos foram para a mesma igreja. Os corpos estavm muito molestados. As famílias discutiram entre si. Não queriam os filhos ao pé do que os conduziu para a morte em parceria de miúdos que quase desconheciam a palavra risco. Queriam que fossem os pais deste a pagar os funerais. Gritaram, ofenderam-se e a GNR teve de intervir.

Gostaria de acreditar que foi uma consequência movida pelo desespero das perdas. Gostaria de acreditar que estes comportamentos realmente não existem. Gostaria de acreditar mas já não sei em que acredite…

No funeral estava a vila quase em peso, os colegas passaram palavra e os jovens vestiram-se de branco. Num ritual que me afligiu, distribuíram-se t-shirts com a foto dos 4 e uma frase de saudade.

Olhei em redor e senti a falta de tantos meus alunos, sossegados, mais estudiosos…menos solidários, mais frios…

Os outros, os "safados", estavam lá todos. Desesperados, sofridos. Levaram as urnas em braços durante a distância longa. Retiraram as pás dos coveiros para serem eles a cobrir os corpos dos amigos com a última terra.

O P., esse, teve de ser sepultado em sítio mais afastado…A família, nem consigo imaginar o desespero e acumular de dores, da perda, da injustiça, da falta de solidariedade.

Eram os 4 uns putos, mereciam as oportunidades que a vida tinha para lhes dar, essa é que é a verdade.

Que descansem em paz!

7 de setembro de 2009

Mentes famosas...ou, constatações

Recebido via e-mail.
(Cliquem na imagem para visualizar melhor)

5 de setembro de 2009

ASSUSTADA

Estou de certo modo ASSUSTADA.

Tenho imensas coisas para fazer, chatas, inerentes às minhas responsabilidades quotidianas e profissionais.

A fase que sucede imediatamente o retomar da actividade profissional é-me sempre difícil, ainda mais quando sofro uma mudança radical de espaço físico, de cargos, directrizes e colegas. A juntar tenho ainda a inércia de um mês a borregar entre sofás, cama, esplanadas e areais. Verdade seja dita, não me encontro ainda programada para o trabalho. Encontro-me num limbo que insiste em puxar-me para o fundo e não me deixa iniciar as actividades. Estou esmagada entre as lutas de consciência, entre o "anjinho" e o "diabinho".

Verdade se diga, não tenho sido bafejada com inspiração para a escrita.

Tenho andado ocupada com outras coisas e talvez seja desta que fique curada do "maldito" vício do blogue, para o qual a conta da internet partilhada (em gastos) com o filho, esteja a ser um forte contributo. Para além disso estou também a atravessar uma fase de readaptação no que respeita às tão importantes mariquices emocionais.

Sinto que terminei um ciclo…

Wish me luck!

4 de setembro de 2009

E assim vai o mundo

"Uruguai: Bispos desaconselham contratação de professores divorciados e homossexuais"

Podem ler o desenvolvimento aqui

Se esta sugestão vira moda vou parar ao desemprego mais depressa do que pensava.

3 de setembro de 2009

Já uma pessoa não pode ser uma tia-avó como deve ser...ai o caraças!

Se há coisa que me enerva é o preconceito, ou mania, que ainda prevalece do "cor-de-rosa-vómito" para as meninas e o "azul-cueca" para os meninos. Esta gente ou tem muito mau gosto ou uma falta de imaginação que até dói.

Apesar de ainda ser uma jovem - o meu irmão é que é velho como o caraças e eu fui tia logo com 9 anos - vou ser tia-avó, vai daí que fui com a minha mãe, que por sua vez vai ser bisavó, comprar um mimo para o nosso novo rebento que está há 2 meses a praticar natação na barriga da mãe e já mede 5 cm.

As opções eram variadíssimas, entre o azul e o rosa, o rosa e o azul. Com alguma sorte ainda consegui encontrar uma ou outra peça branca ou "amarelo-armário-de-cozinha-da avó".

Fiquei com uma neura que só me deu vontade de sacar de uma tesoura e retraçar as mariquices que me apareceram à frente.

Com tantas cores, caramba… que falta de imaginação que estes dromedários têm!


obrigada pela visita!

pessoal que gosta de estar a par destas andanças

facebokiANOS a par desta coisa